TV



Muito se tem discutido a nova portaria do governo, que classifica a programação por faixas etárias e indica horários de exibição.

Os que são contra brandem a palavra censura para desqualificar qualquer tentativa de colocar um pouco de ordem nessa barafunda em que se tornou a TV aberta brasileira. Como se se pudesse comparar a imposição de horários com a presença de um censor nas redações.

Das duas uma: ou se trata de uma romântica (e equivocada) defesa da 'liberdade de expressão', ou estamos assistindo mais uma vez os interesses econômicos das emissoras sobrepujando o direito dos cidadãos.

Eu tenho o direito de ligar a TV às 19h, em companhia de meus filhos, e não ser agredido por cenas inconvenientes. A surrada desculpa de que se pode trocar o canal ou desligar o aparelho só pode ser usada com sinceridade por quem não tem crianças em casa. Ou sem sinceridade por qualquer um.

E para quem acha que a sua liberdade de expressão é irrestrita, é bom saber que toda a liberdade termina onde começa o direito do outro.

É assim que funciona em qualquer sociedade civilizada.

GUTERMAN, M. “Painel do leitor”. Folha Online. São Paulo. 26 fev. 2007 (adaptado).





barafunda: situação em que não há controle ou ordem; bagunça



Considerando a organização do texto dissertativo acima, qual é o enfoque escolhido por Guterman?


Escolha uma opção:

a.
Sua defesa da liberdade irrestrita de expressão.

b.
Seu ponto de vista sobre a presença de um censor nas redações de jornal.

c.
Sua recusa em aceitar a portaria do governo que classifica a programação de TV por faixas etárias e indica horários de exibição.

d.
Sua concordância com a portaria do governo que classifica a programação de TV por faixas etárias e indica horários de exibição.

e.
Sua opinião sobre a programação de TV infantil brasileira exibida às 19h.