Leia a fábula de La Fontaine que foi traduzida por Ferreira Gullar. O Lobo e o Cordeiro Na água limpa de um regato, matava a sede um Cordeiro, quando, saindo do mato, veio um Lobo carniceiro. Tinha a barriga vazia, não comera o dia inteiro. – Como tu ousas sujar a água que estou bebendo? – rosnou o Lobo, a antegozar o almoço. – Fica sabendo que caro vais me pagar! – Senhor – falou o Cordeiro – encareço à Vossa Alteza que me desculpeis, mas acho que vos enganais: bebendo, quase dez braças abaixo de vós, nesta correnteza, não posso sujar-vos a água. – Não importa. Guardo mágoa de ti, que ano passado, me destrataste, fingindo! – Mas eu nem tinha nascido. – Pois então foi teu irmão. – Não tenho irmão, Excelência. – Chega de argumentação. Estou perdendo a paciência! – Não vos zangueis, desculpai! – Não foi teu irmão? Foi teu pai ou senão foi teu avô – disse o Lobo carniceiro. E ao Cordeiro devorou. Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.
1-Quais são os pontos de vista diferentes apresentados na fábula??
2-Liste , no quadro abaixo, os argumentos que cada personagem usou: | Lobo. / cordeiro | | | | |____________________|__________________| 6-pinté no texto os pronomes de tratamento.