Resposta :
Resposta:
B.
A catedral, no texto poético de Alphonsus, parece simbolizar, por deslocamento, a repressão religiosa da pulsão erótica do eu lírico, que se confunde com o autor. Por outro lado, há o conteúdo latente apresentado de forma condensada, que é "a cabeleira ruiva que vem açoitar o rosto meu", representando justamente essa pulsão erótica reprimida que busca irromper como um raio, tal qual ocorre no trabalho simbólico do sonho.
Explicação:
Embora pareça, em sua literalidade, tratar-se de um poema sobre a morte, esse poema simbolista, tal qual no trabalho do sonho, reprime um conteúdo latente (em segundo plano) de repressão da pulsão erótica por meio da metonímia dos "cabelos ruivos", um símbolo erótico que, no processo semântico em que, pela parte, recupera-se o todo, há a metáfora da mulher que acolhe o eu lírico no sonho. Esse conteúdo latente aparece de forma metonímica por conta do processo de repressão do sonho, o que demanda essa interpretação metonímica para que se avente esse subtexto interpretativo a respeito do poema.
É nesse sentido que, dentro da interpretação freudiana do poema, o mesmo não trata da pulsão de morte simplesmente, nem mesmo de um eu lírico psicótico (delirante), ou neurótico. Trata-se, sim, do conteúdo latente que, representado pela metonímia da "cabeleira ruiva", expressa a pulsão erótica reprimida no sonho pelo símbolo da catedral.
Resposta:
B. A catedral, no texto poético de Alphonsus, parece simbolizar, por deslocamento, a repressão religiosa da pulsão erótica do eu lírico, que se confunde com o autor. Por outro lado, há o conteúdo latente apresentado de forma condensada, que é "a cabeleira ruiva que vem açoitar o rosto meu", representando justamente essa pulsão erótica reprimida que busca irromper como um raio, tal qual ocorre no trabalho simbólico do sonho.
Explicação:
Embora pareça, em sua literalidade, tratar-se de um poema sobre a morte, esse poema simbolista, tal qual no trabalho do sonho, reprime um conteúdo latente (em segundo plano) de repressão da pulsão erótica por meio da metonímia dos "cabelos ruivos", um símbolo erótico que, no processo semântico em que, pela parte, recupera-se o todo, há a metáfora da mulher que acolhe o eu lírico no sonho. Esse conteúdo latente aparece de forma metonímica por conta do processo de repressão do sonho, o que demanda essa interpretação metonímica para que se avente esse subtexto interpretativo a respeito do poema.
É nesse sentido que, dentro da interpretação freudiana do poema, o mesmo não trata da pulsão de morte simplesmente, nem mesmo de um eu lírico psicótico (delirante), ou neurótico. Trata-se, sim, do conteúdo latente que, representado pela metonímia da "cabeleira ruiva", expressa a pulsão erótica reprimida no sonho pelo símbolo da catedral.