O processo ocorreu principalmente desde o final da década de oitenta até o final dos anos noventa. Esse período foi marcado por profundos desajustes que comprometeram o desempenho da indústria e da economia brasileira. Houve, entretanto, mudanças estruturais importantes que aumentaram a competitividade da indústria e reduziram o preço relativo dos produtos industriais, mas revertentendo o processo com a entrada do século XXI. Assim, o caso brasileiro deveria ser caracterizado como um processo de desindustrialização “precoce”, no sentido de que teria ocorrido antes do país atingir uma renda per capita igual à daqueles países cujas economias tornaram-se predominantemente de serviços. Então esse processo nao poderia ser caracterizado como consequência inevitável e positiva do processo de desenvolvimento, mas como uma interrupção na trajetória de desenvolvimento. De um lado, existe uma opinião relativamente generalizada de que o Brasil teria completado seu processo de industrialização “pesada” e que, portanto, os investimentos na indústria não teriam mais dimensões suficientes para impulsionar a economia como um todo. De outro lado, a percepção de alguns de que para retomar seu dinamismo, seria necessário que a indústria aumentasse sua competitividade internacional, resumindo tudo em competição. Grandes potências, como Estados Unidos e Japão, estão em recessão. Como o Brasil tem uma economia dependente de capitais externos, apresenta fortes reflexos dessa crise mundial. Outro grande problema é o fato de a balança comercial brasileira ser suscetível aos preços internacionais mais baixos das matérias primas que o Brasil exporta e aos preços mais altos de mercadorias que o país importa, como o petróleo Turismo O Brasil ocupa o 43° lugar no ranking mundial de tecnologia da ONU, o que atinge diretamente o desempenho industrial do país. Os golpes finais para o setor industrial foram o racionamento de energia elétrica implantado pelo governo em 2001 e a crise econômica na Argentina, grande importadora de nossos produtos industrializados. Se a economia já apresentava sinais de desaquecimento, com esses problemas as perspectivas para a indústria brasileira não são nada favoráveis para os próximos anos.
Industrialização no século XXI
A intensidade tecnológica, associada ao fator competitivo predominante na indústria, será utilizada para classificar grupos de indústrias nas regiões brasileiras.
Permite-se, assim, que se avaliem – em simultâneo aos movimentos de reconfiguração territorial existentes – quais as regiões ganhadoras e perdedoras e os tipos de indústrias que estão se relocalizando espacialmente.
Os ramos da indústria que mais expandiram participação foram aqueles atrelados à dinâmica da demanda mundial por commodities agrominerais, como açúcar, farelo de soja, derivados de petróleo, aço e ferro fundido.
Industrialização no século XXI
Nos demais grupos da indústria, o estímulo ao crescimento foi menos intenso, com poucos ramos apresentando incremento na participação relativa ao longo do período.
Nos aspectos em que os requerimentos de domínio de tecnologia mais sofisticada e/ou intensidade de capital elevada colocam-se como determinantes da orientação técnica setorial, manifestou-se a diminuição da posição relativa e/ou a expansão observada foi modesta.
Atividade de fixação
1)Quais as caracteristicas da industrialização do século XXI? 2) Como é a indutria no século XXI? 3) Como é a industria no seculo XXI no Brasil? 4) Quais são as caracteristicas da industria 4.0? 5)Como ocorreu o processo de industrialização no século XXI?