Leia a seguir o trecho de um poema de Fernando Pessoa. Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só não conheço. Mudaram-me sempre o preço. Quem vê é só o que vê. Quem sente não é quem é. Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo, É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só. Não sei sentir-me onde estou. VAMOS COMEÇAR: 1. Qual é a ideia expressa no poema?