O homem aprende a ser homem na relação com seus semelhantes; ele é um ser social por natureza. Por estar em constante movimento, ele se guia racionalmente, associando e se apropriando de aprendizados de seus antepassados para existir no presente. Nesse processo, o homem segue se construindo tanto externamente (em sua forma de mudar o mundo) quanto internamente (pois passa a ser um processo único no mundo).

Assim, ele apreende o mundo com sua consciência, não somente de maneira lógica, mas também as emoções, os desejos e o saber do próprio inconsciente. A consciência não é manifestação de alguma capacidade mística no cérebro humano, e sim produto das relações sociais que ele estabelece. Sem dúvida, o cérebro humano precisou se aperfeiçoar para se tornar capaz de pensar o mundo por imagens e símbolos, e de estabelecer relações entre os objetos desse mundo, tornando-se inclusive capaz de antecipar a realidade.

Nesse cenário, o homem pode ser compreendido e conceituado por outro caminho que não o da razão. Se o homem é um ser racional, só o é à medida que toda sua humanidade é também uma humanidade racional. No entanto, podemos dizer, de forma mais atualizada, que o homem também é um animal:​​​​​​​

A.
religioso, pois tudo que rodeia o mundo humano é fruto de religião, e não de sua razão. Em outras palavras, a história colocou o homem como um ser racional, mas ele é na verdade religioso.


B.
simbólico, pois ele se envolve tanto em formas linguísticas, imagens artísticas, símbolos míticos ou ritos religiosos, aprendendo tudo por intermédio desse meio artificial.


C.
social, pois ele é fruto de sua vivência em sociedade, construindo-se paulatinamente dentro dos valores aprendidos em grupo, mas sua cultura não é simbólica, tampouco aprendida.


D.
psicológico. A psicologia busca compreender esse homem complexo, pois ele é tudo que disse ser, mas é também o que não diz, seu inconsciente – único aspecto que ele controla em sua vida.


E.
terreno, pois o conceito de homem perpassa por sua animalidade na terra, explicando sua limitação por ser esse animal e o identificando como aquele denominado santo, anunciado pela religião.