Todo caminho tem uma história, todo lugar tem uma memória. Por menor que seja um percurso que fazemos na cidade, ele com certeza terá algo para nos contar. A arquitetura e o desenho das nossas cidades sempre têm um contexto político, histórico e social, um cenário em que foi construído. Quer dizer, se parte da sua cidade é constituida por grandes edificios, ruas largas e distantes e dando preferência aos carros e outra parte é cheia de sobrados, casas coladas umas äs outras, ruas menores e mais próximas entre si, bem, isso não é por acaso. Mas além do desenho, do que é construido, os lugares têm também a história do que acontece neles. A relação das pessoas com o espaço é essencial para a construção do que ele é, sua história e memória. Todos nós temos um lugar em que nos sentimos bem, que nos remete a boas lembranças, momentos de felicidade vividos. Ou o contrário, aquele lugar que não se quer voltar para não se lembrar de uma memória nuim. Essas marcas do que vivemos nos espaços se dão individualmente, pelas nossas e periências, mas também se dão de forma coletiva, pelo que é construido e vivido socialmente em cada tempo. E assim, a gente permanece achando que conhece os lugares quando há ainda muita história a ser ouvida, que os lugares são como vemos e lembramos deles. Afinal, de quem é a história que nos contam e que contamos? O que será que realmente aconteceu aqui ou all? Será que a gente realmente conhece os lugares da nossa cidade? Eles podem nos dizer muito sobre o que se passou e sobre o que estamos construindo, mas qual lado estamos vendo e ouvindo? Pense no maior ponto turistico da sua cidade. O que ele tem a te contar?