“O literato nunca chamava a coisa pelo nome. Nunca. Arranjava sempre um meio de se exprimir indiretamente. [...]. Abusando. Ninguém morria: partia para os páramos ignotos. Mulher não era mulher. Qual o quê. Era flor, passarinho, anjo da guarda, doçura desta vida, bálsamo de bondade, fada, e, diabo. Mulher é que não.”
Alcântara Machado
O autor do texto VII procura chamar atenção para:
(A) o uso das metáforas como formas indiretas – e, por isso, mais perfeitas – de expressão.
(B) o valor que se deve dar às figuras de linguagem como instrumento da comunicação.
(C) a utilização de eufemismos como formas positivas, capazes de dar clareza à comunicação.
(D) o distanciamento entre a língua literária e a língua efetivamente coloquial falada no Brasil.
(E) Os abusos que se cometem contra a nossa língua, pelo excesso de termos do registro coloquial.