Resposta :
Resposta:Ao debater sobre o processo de formação das monarquias nacionais, vemos que muitos professores não se atentam a explicar de maneira mais detalhada, o famoso processo de aliança política ocorrido entre a burguesia e a autoridade real. No máximo, essa explicação se presta a falar do interesse que a burguesia tinha em padronizar os impostos e as moedas nacionais. Assim, são poucas as vezes em que o impacto dessa aliança política é questionado de forma mais acurada.
Para que essa questão seja devidamente apresentada, acreditamos que a formação dos exércitos seja um ponto de grande utilidade. Afinal de contas, o processo de reafirmação da autoridade monárquica perpassou a formação de forças militares capazes de subjugarem, paulatinamente, a autoridade local exercida por um senhor feudal, seus vassalos e demais cavaleiros. Ao mesmo tempo, devemos salientar de que forma a burguesia participou na mobilização das forças legitimadoras de um novo poder.
Interessados em debater tal ponto, indicamos aos professores a atenta análise a uma passagem da obra “História da Riqueza do Homem”, produzida pelo pensador norte-americano, Leo Huberman. Oferecendo uma cópia do documento a cada um dos alunos, indicamos a discussão da referida passagem:
“ [...] O rei fora um aliado forte nas cidades na luta contra os senhores. Tudo o que reduzisse a força dos barões fortalecia o poder real. Em recompensa pela sua ajuda, os cidadãos estavam prontos a auxiliá-lo com empréstimos em dinheiro. Isso era importante, porque com o dinheiro o rei podia dispensar a ajuda militar de seus vassalos. Podia contratar e pagar um exército pronto, sempre a seu serviço, sem depender da lealdade de um senhor. Seria também um exército melhor, porque tinha uma única ocupação: lutar. Os soldados feudais não tinham preparo, nem organização regular que lhes permitisse atuar em conjunto, com harmonia. Por isso, um exército pago para combater, bem treinado e disciplinado, e sempre pronto quando dele se necessitava, constituía um grande avanço”