A ciência histórica, ou simplesmente a História, com H maiúsculo, é a ciência que estuda o passado da humanidade, mas não só isso, ao contrário, muito mais do que isso.
A ciência histórica começou a tomar forma científica no século XIX (entre 1800 e 1899), quando diversos historiadores começaram a aproximar a História dos métodos científicos que eram usados em outras ciências. Desde então, a História só passou por melhoramentos no que diz respeito aos métodos de análise e formulação de teorias.
Assim como outras ciências, quando o historiador surge com uma teoria nova, essa nova visão historiográfica tem que ser posta à prova. Tem que ser analisada profundamente e avaliada pela comunidade científica historiográfica, que vai ou não validá-la.
Quantos aos assuntos estudados pela História, podemos dizer que eles variaram bastante no decorrer do tempo. Por exemplo, durante a maior parte dos séculos XIX e XX, os historiadores estudavam mais a história política, militar e econômica, dando ênfase em assuntos como guerras, tradados de limites de fronteiras entre países, a história dos presidentes, etc.
Nas últimas décadas, contudo, podemos dizer que houve um avanço significativo dos estudos históricos, alargando-se o horizonte temático, pois os historiadores passaram a estudar os mais variados assuntos, entrando em terrenos de análises de outras ciências, inclusive. Assuntos principalmente correlacionados às minorias sociais que nunca tinham sido estudadas, passaram a fazer parte do interesse dos historiadores, que deixaram pouco a pouco a história dos poderosos de lado, e começaram a estudar a história dos marginais, das mulheres, das crianças, dos prisioneiros, de todos aqueles que nunca tinham recebido espaço de análise.
Com estes novos olhares interdisciplinares e sem preconceitos, os historiadores passaram a vasculhar cada vez mais novas temáticas de estudo.
Diversos historiadores tornaram-se reconhecidos internacionalmente por esses novos temas. Um exemplo disso é a historiadora francesa Michelle Perrot, que passou a se dedicar aos assuntos e temáticas voltados às minorias sociais, analisando os oprimidos da história em profundidade.
Aqui no Brasil, as novas abordagens ganharam força a partir da década de 1980, quando inúmeros cursos de Mestrado e Doutorado em História começaram a surgir nas universidades brasileiras.
A perspectiva futura é de que mais e mais assuntos novos passem a ser parte do interesse dos historiadores, que ávidos de novidades, estão sempre à cata de novos assuntos interessantes para estudar.
Questionário 1- qual a utilidade do conhecimento histórico? Para que serve a história?
2- qual o sentido de estudarmos a história? Há relevância neste assunto?
