05) (ENEM 2003) Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em: a) "Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas." (Vinicius de Moraes) b) "Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima." (João Cabral de Melo Neto) c) "O funcionário público não cabe no poemal com seu salário de fomel sua vida fechada em arquivos." (Ferreira Gullar) d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada.JÀ parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." (Fernando Pessoa) e) "Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (...) Os inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam pelas costas, e aquecem." (Carlos Drummond de Andrade) 06) Alguns grupos de rap usam suas letras para fazerem criticas sociais, além disso, é um mecanismo para expressar e representar a realidade dos moradores da periferia. São versos que relatam, muitas vezes, a vivência dos próprios integrantes do grupo. Sendo assim, o rap é um importante aliado no trabalho para a reflexão sobre problemas vividos por aqueles que vivem à margem da sociedade.